Oneyda

Oneyda Alvarenga, que completaria 100 anos de idade no próximo dia 6 de dezembro, é personagem fundamental na história da Discoteca. Sem seu zelo, espírito organizador e generosidade durante os 33 anos em que dirigiu o acervo, hoje seria impossível contar qualquer história.

Uma intelectual serena e lúcida. Precisa e poética.
Lea Vinour Freitag, 1984

Depois de passar por diversas sedes, como uma ala no Teatro Municipal de São Paulo, dois andares do prédio da Associação Paulista de Medicina e uma salinha fechada na Lapa, em 1982 a Discoteca foi transferida para o Centro Cultural São Paulo. Cinco anos mais tarde, foi rebatizada com o nome de sua maior gestora, Oneyda Alvarenga.

Em 1984, a Discoteca recebeu a coleção de discos em 78 rotações do radialista Salatiel Coelho, com mais de 15 mil discos, adquirida pela Secretaria Municipal de Cultura durante o Governo Mario Covas. Conta-se que, antes da aquisição, o acervo de Salatiel correu o risco de transformar-se em matéria-prima para fabricação de vassouras (ou asfalto).

Nascido na Paraíba, em 1931, Salatiel Coelho é conhecido como o primeiro sonoplasta da televisão brasileira, além de ser pioneiro no universo das trilhas sonoras para novelas.

Entre os anos de 2003 e 2004, a Discoteca obteve apoio da Petrobras para digitalizar todo o acervo de música brasileira em discos de 78rpm da coleção de Salatiel. Além de disponibilizar ao público mais de 30 mil fonogramas da música brasileira em CD, o projeto trouxe para a Discoteca um complexo sistema de digitalização e tratamento de áudio que até hoje opera diariamente, com os outros discos do acervo – mais de 45 mil. A Discoteca ainda recebe doações de discos brasileiros em 78rpm e ajuda a catalogar, aos poucos, a produção musical nacional entre os anos de 1912 a 1964.

Atualmente, o imenso acervo de mais de 70 mil discos (78rpm, 33rpm e cds) da Discoteca está disponível para audição e consulta. Além das antigas poltronas conectadas a fones de ouvidos (herança dos tempos de Mário e Oneyda), o ouvinte pode acessar grande parte do acervo nas Paradas Sonoras, terminais multimídias espalhados por todo o Centro Cultural São Paulo, e pela internet, a partir da Web Radio do CCSP.

 


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