Raul Torres em festão da bicharada
Quando a poeira da cidade não nos deixa olhar o luar nem ouvir os passarinhos, é tempo de viajar para o interior em antigos discos de 78 rotações.Em Botucatu, São Paulo, encontramos Raul Torres, uma das principais referências para a nossa música caipira. Autor de obras como a Cocha de Retalhos e a Moda da Mula Preta, o compositor, ao lado de parceiros como João Pacífico, Serrinha e Florêncio, registrou em disco cenas do cotidiano do interior paulista, das conversas com os bichos, dos namoros rompidos e dos contrastes com a vida na cidade.
No início de sua carreira no mercado fonográfico, enquanto firmava-se no cenário musical com suas modas de viola,Raul Torres também experimentou gêneros como batuque, côco e cateretê. Aqui, você escuta cabra, preguiça e jacaré em uma seleção que apresenta os animais do universo musical de Raul Torres, desde seu primeiro disco, com embolada, Jacaré no caminho (1930) até as variações sobre o tema do futebol dos bichos (1933).
Raul Torres firma a viola ao som dos canarinhos, e faz festança na Discoteca Oneyda Alvarenga do Centro Cultural São Paulo.
Avôa caboré (Raul Torres) – Raul Torres e sua embaixada regional / 19– – toada
Meu pombá (Raul Torres) – Raul Torres e Seu Conjunto / 1933 – côco
Baleia no mar (Raul Torres) – Raul Torres e seu conjunto /1936 – batuque
Jacaré no caminho (Raul Torres) – Raul Torres/ 1930 – embolada
Futiból da bicharada (Raul Torres) – Raul Torres e Serrinha / 1941 – moda de viola
Dobrai canarinho (Raul Torres) – Raul Torres e Serrinha/1941– moda de viola
Moda das flores (Raul Torres e José Fortuna) – Raul Torres e Florêncio / 1944 – moda de viola
Meu cavalo zaino (Raul Torres) – Raul Torres e Serrinha / 1939 – toada
Futebol dos bichos (Raul Torres) – Raul Torres e seu conjunto/ 1933 – cateretê
Vendendo bicho aos pedaços (Raul Torres e João Pacífico) – Raul Torres e Serrinha/1941 – moda de viola.
Produção: Biancamaria Binazzi
Acervo: Discoteca Oneyda Alvarenga
Centro Cultural São Paulo