Discoteca Pública Municipal da Rádio/Escola à Web Radio

Acionar o sistema de pesquisa do Acervo da Discoteca Pública Municipal é entender que é infinito o alcance da música. Desde sua fundação, por Mário de Andrade, em 1935, esse grande oráculo musical tem como principais objetivos despertar os ouvidos para novos interesses e aproximar os mais distantes sons.

Ao criar a Discoteca, Mário de Andrade pensava em um espaço público onde se pudesse ouvir música sinfônica, bem como música folclórica, produzida nas aldeias e vilas de todo o Brasil. É preciso compreender que, naquele tempo, ouvir uma sinfonia de Beethoven em discos ou em salas de concertos era um privilégio de poucos, e a música das veredas do País não costumava ser registrada, ficando restrita a rituais e festividades em comunidades específicas.

 

Hoje, é possível acessar esse repertório com mais facilidade, mas a Discoteca continua cumprindo a mesma função, despertando curiosidades, revelando mistérios. Entramos com uma vontade, e a resposta nos conduz a outras vontades. E, a cada resposta, mais surpresas. Surpresas como a linda voz-sentimento de Aracy de Almeida; o primeiro disco de Caymmi, deslumbrante em 1939, com sua Promessa de Pescador; a linda Inezita Barroso cantando o pássaro Nhapopé; a primeira gravação de Cartola, que nem chegou a ouvir seu disco lançado nos Estados Unidos; o Brasil-Índio, Brasil-África, Brasil-Macunaíma de Mário de Andrade. E, ainda, os meninos Roberto Carlos, João Gilberto, Jorge Ben e Elis Regina, em seus primeiros discos. Todo esse pessoal girando veloz, a 78 por minuto.

 


Deixe uma resposta