Discoteca Pública Municipal da Rádio/Escola à Web Radio

 

Assim que assumiu o Departamento de Cultura de São Paulo, Mário de Andrade pensou em criar uma Rádio-Escola que, além de difundir a música clássica, também realizaria suas próprias gravações, estimulando principalmente a proximidade do público com a produção musical de seu tempo. A ideia da Rádio não pôde ser concluída, mas acabou se transformando na Discoteca, e Mário convidou sua aluna de piano, Oneyda Alvarenga, musicóloga e folclorista mineira, para organizar o projeto.

 

“Existe em São Paulo um dos mais completos depositários da música brasileira, folclórica e erudita, integrando o acervo da Discoteca Pública Municipal. Sua existência nos permite apreciar devidamente a herança musical legada pelos antepassados brancos, índios e negros. Lá se encontram registradas as canções bárbaras dos indígenas, a música rítmica e sensual dos africano e as modinhas tristes e chorosas dos avós portugueses. Fica-se conhecendo as profundas transformações por que passaram os primitivos ritmos das senzalas e das “Casas Grandes”, influenciados no transcorrer dos anos pela sua aceitação, cada vez maior, nos salões sociais.”
Carlos O. Lacerda (Jornal O tempo, 7 de outubro de 1952)

 


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